História da Oliveira

Segundo os cientistas, o local exato onde o oliveira foi encontrado pela primeira vez, é a área mais ampla do Mediterrâneo. O primeiro cultivo de oliveiras no mundo ocorreu na Grécia, e mais especificamente em Creta. Isso aconteceu por volta de 3.500 a.C. durante o período Minoico Inicial. Neste período, a oliveira estava em uma forma mais selvagem do que a árvore que conhecemos hoje. Após 2.000 a.C., o cultivo de azeitonas em Creta se tornou mais intenso e sistemático, desempenhando o papel mais importante na economia da ilha. De Creta começou a primeira exportação de azeite de oliva, não apenas para a Grécia continental, mas também para o Norte da África e Ásia Menor.

História do Azeite na Grécia

O cultivo logo se espalhou para a Grécia continental e a azeitona e seu produto abençoado, o azeite de oliva, tornaram-se sinônimos da Dieta Grega ao longo dos séculos. A civilização micênica (1.600-1.150 a.C.) seguiu a minoica na Grécia continental. A produção de azeite de oliva era muito importante para a economia desta sociedade. A decifração da escrita “Linear B” trouxe à luz informações valiosas sobre a produção, comércio e exportação de azeite de oliva na Grécia micênica, como podemos ver nos arquivos do palácio de Micenas e Pilos.

No século VI a.C., Sólon, o grande legislador ateniense, elaborou a primeira lei para proteger a oliveira, com exceção do corte descontrolado. A oliveira era um símbolo na Grécia antiga e o azeite de oliva era usado não apenas por seu valor valor nutricional, mas também para fins medicinais. Entre os séculos VII e III a.C., antigos filósofos, médicos e historiadores empreenderam a classificação botânica da oliveira e se referiram à propriedades curativas do azeite de oliva. É esse conhecimento que foi “redescoberto” hoje, à medida que cientistas modernos encontram novas evidências de por que as dietas mediterrâneas são tão saudáveis.

Durante os tempos bizantinos, as coisas não mudaram. A produção de azeite de oliva nos territórios gregos era importante devido ao imenso tamanho do império. O próprio império compreendia quase metade das áreas produtoras no – então – mundo conhecido e o produto era exportado para todo o mundo.

Hipócrates e outros médicos antigos usavam azeite de oliva para tratar doenças.

Ramo de oliveira

o ramo de oliveira é um símbolo de paz e vitória associado aos costumes da Grécia antiga e conectado com súplicas a deuses e pessoas no poder. É encontrado na maioria das culturas da bacia do Mediterrâneo e tornou-se associado à paz no mundo moderno. Grécia e Roma antigas: Na tradição grega, um Hiketeria (Hiketeria) era um ramo de oliveira segurado pelos suplicantes para mostrar seu status como tal ao se aproximarem de pessoas poderosas ou em templos ao suplicar aos deuses.

Na mitologia grega, Atena competiu com Poseidon pela posse de Atenas. Poseidon reivindicou a posse ao enfiar seu tridente na Acrópole, onde um poço de água do mar jorrou. Atena tomou posse ao plantar a primeira oliveira ao lado do poço. A corte de deuses e deusas decidiu que Atena tinha o melhor direito à terra porque ela havia lhe dado o melhor presente. Coroas de oliveira eram usadas por noivas e concedidas aos vencedores olímpicos.

O ramo de oliveira era um dos atributos de Eirene em moedas imperiais romanas. Por exemplo, o reverso de um tetradracma de Vespasiano de Alexandria, 70-71 d.C., mostra Irene de pé segurando um ramo para cima em sua mão direita (veja mais em Ramo de oliveira – Wikipédia)

A produção de oliveiras e azeite na Grécia

O cultivo de azeitonas na Grécia representa 87.21% de culturas arbóreas. A Grécia é o terceiro país produtor de azeitonas do mundo, depois da Espanha e da Itália. No mundo todo, a Grécia é a primeira na produção de azeitonas pretas e terceiro na produção de azeite. Mais de 132 milhões de oliveiras são cultivadas em seu território, das quais aproximadamente 350.000 toneladas de azeite de oliva são produzidas anualmente, das quais 82% pertencem à categoria extra virgem. Além disso, cerca de 21 milhões de oliveiras são cultivadas para a produção de azeitonas de mesa.

A produção da oliveira e do azeite na Europa

Na Europa, o cultivo de azeitonas ocorre nos países ao redor do Mediterrâneo (Espanha, Portugal, Itália, França, Albânia, Croácia e Grécia). A Espanha é na última década o primeiro país produtor de azeitonas do mundo com 200.000.000 de oliveiras, seguida pela Itália com 185.000.000 de oliveiras e Grécia com 133.000.000 de oliveiras.

Plantações de azeite no Mediterrâneo

A produção mundial de oliveiras e azeite

A azeitona é uma planta histórica e seu cultivo é feito há muitos séculos, tanto na Grécia quanto em outros países do mundo. Hoje, em todos os cinco continentes (Europa, Ásia, América, África e Oceania), encontramos olivais. A Europa, com aproximadamente 500 milhões de árvores, tem mais de ¾ da produção global, seguida pela Ásia (Síria, Irã, China, Arábia do Sul, Índia, Japão, Paquistão e Iraque) com 13%, África (Marrocos, Tunísia, África do Sul) com 8% e Américas (EUA, Argentina, México, Brasil, Peru, Uruguai e Chile) com 3%. Na Oceania (Austrália e Zelândia do Sul), o plantio de oliveiras começou recentemente. O estabelecimento de oliveiras nos países da Índia, Japão, Coreia e Paquistão está em estágio experimental, enquanto na China, Zelândia do Sul, Brasil e Arábia do Sul, o plantio de azeitonas começou recentemente. Os países tradicionais de cultivo de azeitonas, além dos europeus, são os EUA, Argentina, Chile, Irã e Iraque.

 

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